Anátema de Zos.
Composto como escrita automática, foi finalizado por Austin Osman Spare em 1924, mas só veio a público em 1927, quando o próprio autor o publicou por conta própria. O texto se tornou rapidamente um clássico entre pessoas interessadas no pensamento crítico e mágico do autor, que aqui busca transgredir referências do Novo Testamento em busca de um anátema de humano para humanos. São muitas as referências a princípios cristãos que se contradizem quando colocados em prática, e é nessa discrepância que Spare busca tocar com seu texto, utilizando-se da ironia e do sarcasmo em um tom também característico do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, uma das inspirações manifestas nesta obra.
A presente tradução, totalmente revista, foi originalmente publicada no livro Arte e magia do caos: obra reunida de Austin Osman Spare, lançado pela Palimpsestus em 2021 em tiragem única já esgotada. A edição contém um anexo que não foi incluído em nenhuma das edições posteriores do texto, todas póstumas: “A jornada da alma”, uma longa lista de títulos de obras para uma exposição que Spare realizaria em 1928. A lista quase pode ser lida como um longo poema que nos ajuda a esclarecer algumas questões na obra do autor em seu todo, como o conceito de si-mesmo e de experiência atávica.
Chapbook
Formato: 11x18
Páginas: 45
Papel:Pólen
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